A Páscoa é – sem dúvida – a data mais aguardada pelos chocólatras.
Não poderia ser diferente, afinal, o feriado é comemorado por tradição com reunião familiar, mesas fartas e muito, muito chocolate.
Por conta de exageros, no entanto, é muito comum nesta época o desenvolvimento em alguns indivíduos de maior oleosidade cutânea acompanhada de acne e espinhas.
É o que explica a coordenadora do departamento de Cosmiatria da Sociedade de Dermatologia do Rio, Mônica Azulay.
– Para as pessoas que têm uma predisposição genética o aparecimento de acne ou sua piora, pode está relacionado a uma dieta baseada em alimentos de elevado valor glicêmico, como é o caso do chocolate.
Já que o aumento da insulina na corrente sanguínea vai promover o aumento de hormônios andrógenos que, por sua vez, aumentam a produção do sebo e, consequentemente, de toda a cadeia do mecanismo de acne – explica a dermatologista.
Isso não quer dizer que o chocolate seja um alimento proibido. Para evitar problemas de pele após o feriado, o recomendado, na verdade, é que o consumo da guloseima seja moderado. Nada de comer uma barra inteira em um dia.
“Mesmo os paciente com predisposição a acne podem comer chocolate. Sempre de forma moderada, sem exagero. O problema são os excessos”, explica.
Optar por chocolate mais amargos é mais uma forma de prevenir os danos à pele. Dado que estes chocolates possuem uma maior concentração de cacau e uma menor concentração de gordura, sobretudo quando comparado aos chocolates ao leite.
– São, principalmente, as barras de chocolates ao leite que apresentam uma grande quantidade de carboidratos, por isso, açúcares com alto índice glicêmicos, acarretando o aumento rápido de insulina na corrente sanguínea, o que pode gerar uma piora no quadro.
Ainda de acordo com a dermatologista o consumo de alimentos com baixo índice glicêmico estão mais recomendados na dieta destes pacientes.
Já para ajudar a recuperar a pele, a indicação é que se procure um médico dermatologista.
“O tratamento será indicado de acordo com o grau de acne que o paciente apresente. Portanto, o adequado é que a pessoa consulte o seu dermatologista”, orienta Mônica.
Fonte: http://www.cenariomt.com.br